Steve Martin, talento que nunca irá se aposentar.
Steve Martin – Stephen Glenn Martin, 14 de agosto de 1945, Waco, Texas, Estados Unidos,
Cônjuge: Anne Stringfield (m. 2007), Victoria Tennant (m. 1986–1994)
Pais: Glenn Vernon Martin , Mary Lee Martin
Irmãos: Melinda Martin
Stephen Glenn Martin, nascido em 14 de agosto de 1945, em Waco, Texas, é uma das figuras mais emblemáticas da comédia americana, com uma carreira que abrange mais de cinco décadas e uma impressionante lista de conquistas em diferentes áreas do entretenimento. Filho de Glenn Vernon Martin e Mary Lee Martin, Steve foi criado com sua irmã, Melinda Martin. Desde cedo, demonstrou interesse por artes e entretenimento, o que o levou a se destacar em várias áreas ao longo de sua carreira.
Martin começou a ganhar notoriedade como escritor para o programa de TV The Smothers Brothers Comedy Hour na década de 1960, o que lhe rendeu um prêmio Emmy em 1969. No entanto, foi como comediante de stand-up que ele conquistou o público em geral. Seu estilo único, absurdo e cheio de excentricidade contrastava com o humor convencional da época. Ele evitava as piadas típicas, preferindo criar performances que eram mais teatrais e surreais, algo que o diferenciava no cenário da comédia americana. Em poucos anos, Steve Martin se tornou um dos maiores comediantes de stand-up dos Estados Unidos, com álbuns de comédia como Let’s Get Small e A Wild and Crazy Guy, ambos vencedores do Grammy.
Nos anos 70 e 80, Martin fez a transição para o cinema, onde rapidamente se estabeleceu como um dos atores de comédia mais bem-sucedidos de Hollywood. Ele estrelou uma série de filmes icônicos, começando com The Jerk (1979), uma comédia que ele também co-escreveu e que se tornou um grande sucesso de bilheteria. O filme consolidou sua imagem como um comediante de humor físico e absurdo, que ainda mantinha um toque de humanidade em seus personagens.
A década de 1980 foi particularmente prolífica para Martin, com sucessos como Roxanne (1987), uma adaptação moderna do clássico Cyrano de Bergerac, onde ele escreveu o roteiro e mostrou sua habilidade de mesclar comédia com romance e profundidade emocional. Ele também estrelou Os Safados (1988), ao lado de Michael Caine, um filme de humor sofisticado sobre dois vigaristas rivais, e Um Espírito Baixou em Mim (1984), uma comédia excêntrica onde divide o corpo com o espírito de uma mulher.
Na década de 1990, Steve Martin continuou a diversificar sua carreira, estrelando filmes mais voltados para a comédia familiar. Seu papel como George Banks em Pai da Noiva (1991) e sua sequência, O Pai da Noiva Parte II (1995), lhe renderam aclamação por seu retrato de um pai amoroso, mas estressado, navegando pelas ansiedades das mudanças familiares. Esses filmes se tornaram grandes sucessos internacionais, e no Brasil, Martin é amplamente lembrado por sua performance cômica e calorosa como pai.
Além de sua carreira cinematográfica, Steve Martin é um escritor de sucesso, tendo publicado diversos livros, tanto de ficção quanto de não-ficção. Seu romance Shopgirl (2000) foi adaptado para o cinema em 2005, com ele próprio atuando ao lado de Claire Danes. Ele também escreveu An Object of Beauty (2010), um romance sobre o mundo da arte contemporânea, demonstrando sua versatilidade como autor.
Como dramaturgo, Martin escreveu peças que foram encenadas na Broadway e fora dela. Picasso at the Lapin Agile (1993) é uma de suas peças mais conhecidas, uma comédia filosófica que imagina um encontro entre Pablo Picasso e Albert Einstein antes de se tornarem figuras mundialmente famosas. A peça mostra o intelecto aguçado de Martin e sua habilidade de explorar temas complexos através do humor.
Outro aspecto da carreira multifacetada de Steve Martin é sua paixão pela música, especialmente pelo banjo. Ele é um músico respeitado, tendo lançado vários álbuns de bluegrass, incluindo The Crow: New Songs for the 5-String Banjo, que lhe rendeu um Grammy. Seu talento musical não é um hobby, mas uma extensão de seu gênio criativo. Ele colaborou com grandes nomes da música country e bluegrass, como Edie Brickell, com quem lançou álbuns e compôs peças musicais.
Entre as inúmeras honras que recebeu, Martin ganhou cinco prêmios Grammy — tanto por seus álbuns de comédia quanto por sua música — e foi homenageado com um Oscar Honorário em 2013 por suas contribuições ao cinema e à comédia. Ele também foi indicado ao Tony por seu trabalho musical na Broadway. Sua carreira multifacetada é marcada por uma constante busca por novos desafios, seja no cinema, no palco ou na música.
Em termos de vida pessoal, Steve Martin se casou com a atriz britânica Victoria Tennant em 1986, mas o casal se divorciou em 1994. Em 2007, ele se casou com a escritora Anne Stringfield, com quem tem uma filha. Esse equilíbrio entre a vida pessoal e profissional reflete o lado mais reservado de Martin, que é conhecido por ser bastante discreto quando se trata de sua vida particular.
Steve Martin também se tornou uma espécie de ícone cultural, não apenas por seu trabalho no entretenimento, mas por sua influência duradoura. Seu humor influenciou gerações de comediantes, e sua capacidade de reinventar sua carreira ao longo dos anos — de stand-up a filmes, de escritor a músico — é um testemunho de sua versatilidade e talento imensos. Ele nunca se prendeu a um único estilo ou forma de expressão, o que o mantém relevante mesmo após cinco décadas de carreira.
No Brasil, seus filmes como O Pai da Noiva e A Pequena Loja dos Horrores (1986), onde interpretou um dentista sádico em uma comédia musical, são lembrados como grandes sucessos. Ele tem a rara habilidade de fazer comédia inteligente, que agrada tanto ao público quanto à crítica. Com uma carreira repleta de prêmios, aclamações e marcos históricos, Steve Martin continua sendo uma lenda viva, respeitado tanto por seu humor quanto por sua mente criativa brilhante.
Steve Martin [Crédito: Divulgação Star +]